18 de outubro de 2007

Com o iPhone, a Apple reinventou o celular. Falta torná-lo verde!!


Testes em laboratório mostram que aparelho contém substâncias e materiais tóxicos em sua composição, como PVC - muitas delas já eliminadas pelos concorrentes.


Em maio deste ano, Steve Jobs escreveu um comunicado no site oficial da Apple afirmando que sua empresa estava comprometida em produzir aparelhos mais verdes. O lançamento do iPhone era a grande chance das palavras de Jobs se tornarem realidade. Era. Testes feitos pelo Greenpeace em laboratório na Inglaterra mostraram que o grande sucesso de vendas e sonho de consumo de 9 entre 10 jovens no mundo contém inúmeras substâncias e materais tóxicos em sua composição.


Um laboratório indenpendente testou 18 componentes internos e externos do iPhone e confirmou a presença de compostos tóxicos de brominato em metade deles. Substâncias tóxicas também foram encontradas na capa de plástico (PVC) dos cabos de headphones. Os dados foram compilados no relatório Chamada Perdida: As Substâncias Tóxicas do iPhone, lançado nesta segunda-feira pelo Greenpeace.


Esta foi a terceira vez que o Greenpeace testou produtos da Apple desde 2006. Análises semelhantes foram feitas no MacBook Pro e no iPod Nano e também revelaram a presença de retardantes de chamas a base de brominato e PVC em alguns componentes. Um revéz e tanto, levando-se em conta que a empresa havia subido algumas posições na última edição do Guia de Eletrônicos Verdes, do Greenpeace, devido a algumas medidas que tomou para tornar seus produtos ambientalmente mais responsáveis.


A Apple lançou o iPhone no mercado americano em junho de 2007. A descoberta de substâncias tóxicas na menina dos olhos da empresa sugere que ela fracassou em cumprir suas próprias metas de abolir de seus produtos o uso de compostos de brominato e PVC até o final de 2008.


“Steve Jobs perdeu a chance de fazer do iPhone seu primeiro passo rumo a produtos mais verdes”, afirma Zeina Alhajj, da campanha de Tóxicos do Greenpeace Internacional. “Parece que a Apple está longe de liderar o caminho para uma indústria de eletrônicos verdes, ao contrário de seus adversários. A Nokia, por exemplo, já vende telefones celulares livres de PVC.”


Durante a análise feita no iPhone, o Greenpeace também descobriu que a bateria do aparelho estava colada e soldada, o que impede a reposição da peça e torna a reciclagem mais difícil.


“A Apple precisa reinventar seu iPhone… em verde”, diz Alhajj. “A empresa precisa retirar todas as substâncias e materiais tóxicos de seus produtos para encontrar a solução real para à montanha de lixo eletrônico que cresce sem parar em depósitos mundo afora.”




greenpeace.org

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